Escola Lageadense recebe prêmio da Epagri
O trabalho com a Horta Escolar foi iniciado no Centro Educacional Iracema Pereira Cabral na comunidade de Ranchinho no final de 2007, quando percebeu-se que as crianças não tinham o hábito de comer verduras. O Projeto foi motivado pela engenheira agrônoma e facilitadora do Projeto Microbacias 2, Aline Sens Duarte, que através de um Plano de Intervenção junto á escola, trabalharam segurança alimentar com a comunidade além de apresentar junto ao plano, novas técnicas de agricultura, neste caso a agroecológica. Esta prática, de se trabalhar a Horta no ambiente escolar, resgata junto à comunidade a prática da agricultura de subsistência, garantindo uma alimentação equilibrada para as famílias do campo. Além de exercitar com a comunidade novas práticas de plantio que não se utilizam de adubos químicos e agrotóxicos.
Para que este Projeto de Horta Escolar se tornasse real contou-se com a parceria da escola e com o apoio dos pais e a comunidade, na construção dos canteiros e na produção da compostagem. E hoje se percebe o resultado.
A comunidade de Ranchinho é o lar de 147 pessoas, do total de 2.749 habitantes (IBGE, 2007) de Chapadão do Lageado. A maioria trabalha de empregado, geralmente informal, em outras áreas da cidade. Um percentual de 13% das terras de Chapadão abriga a monocultura do fumo, sendo que 6,6% deste total são em Ranchinho.
Após dois anos de trabalho pode-se dizer que os objetivos da horta escolar forma alcançados agora as crianças estão habituadas a comer verduras, gostam do prato colorido, as famílias já estão construindo os canteiros em suas casas, plantando as verduras e cuidando das plantinhas.
Para a realização total do projeto a Horta Escolar do Ranchinho, foi reconhecida como um dos dez melhores projetos realizados pelo Microbacias 2 no Estado de Santa Catarina e na quarta-feira (3-06) a escola foi premiada pela Epagri em Florianópolis.
Esta é a terceira edição do “Prêmio Epagri/M2 Escola Ecologia”, que este ano recebe o nome de Márcia Mortari, em homenagem à extensionista de Rio do Sul envolvida com o tema do meio ambiente, falecida no final do ano passado.A iniciativa também vem ao encontro do macroprograma “gestão ambiental”, por meio do qual a Epagri atua na melhoria dos processos e procedimentos de uso e conservação dos recursos naturais no espaço rural e pesqueiro.
Inscreveram-se 96 escolas Catarinenses e as dez premiadas foram: Wherá Tupã – Poty Djá, localizada na aldeia Yjnn Moroti Verá, em Biguaçu; Iracema Pereira Cabral, em Chapadão do Lageado; Geraldina Maria Tavares, em Gravatal; Nereu de Oliveria Ramos, em Guaraciaba; Elza Mancelos de Moura, em Guarajá do Sul; Laju, em Mondaí; Olívio Rocco, no Morro da Fumaça; Avelino Alves Triches, em Palmitos; São Francisco, em Ponte Alta; e Celso Ramos, em Serra Alta.
O prefeito José Braulio Inácio, Zezé (PT) que fez questão de acompanhar as crianças no evento, salientou a importância do trabalho realizado pela facilitadora do Microbacias 2, pelo corpo funcional da escola e pelas crianças. “Eles são multiplicadores de uma nova, e ao mesmo tempo antiga, forma de produzir. As crianças aprendem o valor de cada alimento. Eles escolhem o que vão comer de merenda, alimentando-se do que eles plantaram.
Na ocasião as crianças aproveitaram para conhecer alguns pontos turísticos na Capital do Estado, como a Praia da Joaquina, o Aeroporto Hercílio Luz, a Ponte Hercílio Luz e a Assembléia Legislativa, onde foram recepcionados pelo Gabinete do Deputado Estadual Jailson Lima da Silva.